A política goiana tem sido palco, nos últimos dias, de mais uma investida da base caiadista contra o ex-governador Marconi Perillo, desta vez protagonizada por Adib Elias, ex-prefeito de Catalão e atual secretário estadual de Infraestrutura. Conhecido por sua sede de visibilidade, Adib voltou à cena, mas não por obras entregues ou resultados concretos — e sim por tentar distorcer declarações de Marconi com ataques infundados e desonestos.
Adib alegou, de forma mentirosa, que Marconi teria se posicionado contra o Hospital Estadual de Goiânia (CORA), construído na gestão de Ronaldo Caiado. A verdade, no entanto, é outra — e está registrada em declarações públicas do próprio Marconi:
“Apenas para ficar claro mais uma vez: em momento algum eu falei que o hospital Cora não era importante e necessário. Pelo contrário: sempre apontei a necessidade da construção desse hospital. O que eu disse e repito é que aquela obra é superfaturada, contratada sem licitação e entregue a um compadre do governador. Deturpar informações para esconder a falta de gestão tem sido uma prática recorrente deste governo fake, que até agora não mostrou a que veio.”
O que incomoda a base caiadista não é a crítica pela crítica, mas sim a exposição de um fato concreto e extremamente grave: o Hospital Cora foi construído sem licitação e custou quase R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos, um valor altíssimo para uma obra cercada por falta de transparência. A fala de Marconi, portanto, não foi um ataque à importância da unidade hospitalar, mas um alerta necessário sobre os abusos e os riscos de contratos fechados à margem da lei.
Mas Adib não é novato em obras públicas polêmicas. Como prefeito de Catalão, construiu um hospital que leva seu próprio nome — um gesto, no mínimo, egocêntrico, com recursos públicos — cuja execução começou com um orçamento de R$ 66 milhões e, segundo o próprio Adib, terminou custando mais que o dobro: R$ 130 milhões. Resultado? A estrutura foi doada ao governo federal por não conseguir manter sua operação. Um fracasso de gestão que diz muito sobre sua capacidade administrativa real.
Adib, que tenta posar como defensor da moralidade, também esquece de sua trajetória recente. Durante anos, foi um crítico feroz das Organizações Sociais (OSs), modelo de gestão que agora abraça sem constrangimento. Em 19 de dezembro de 2024, apenas dez dias antes do fim de seu mandato como prefeito, entregou o sistema de saúde de Catalão a uma OS — um ato suspeito, tardio e claramente político.
Desde que assumiu a Secretaria de Infraestrutura, Adib parece ter mudado de missão: de gestor para garoto-propaganda do governo, percorrendo o estado com um fotógrafo a tiracolo e usando o cargo mais para alimentar redes sociais do que para entregar obras relevantes. Não à toa, sua pasta já é apelidada nos bastidores como “Secretaria do Flash”.
Essa tentativa de desgastar Marconi com mentiras expõe mais do que uma postura antiética — revela o medo real do crescimento político do tucano, que tem ganhado apoio em diversas regiões e começa a ameaçar os planos de continuidade do grupo caiadista em 2026.
Enquanto isso, o povo de Goiás assiste a um governo mais preocupado em construir narrativas do que em entregar resultados. E a verdade, como sempre, acaba vindo à tona.
