Começa nesta segunda-feira, 9 de junho, uma nova fase do que muitos consideram uma perseguição judicial disfarçada de julgamento: o Supremo Tribunal Federal inicia os interrogatórios dos réus da chamada “trama golpista”, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ofensiva, orquestrada sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, mira figuras centrais do governo que liderou o país de 2019 a 2022.
Os depoimentos ocorrerão até sexta-feira, 13 de junho, sempre nas dependências do STF, em Brasília. Bolsonaro prestará seu depoimento de forma presencial, enquanto outros nomes, como o general Braga Netto, preso preventivamente devem falar por videoconferência.
A estrutura montada pelo Supremo, com transmissão ao vivo pela TV Justiça e pelo YouTube oficial do tribunal, reforça o caráter midiático do julgamento. Para apoiadores do ex-presidente, trata-se de mais um capítulo da judicialização da política, onde os tribunais deixam de julgar com base em provas e passam a atuar com clara motivação ideológica.

O primeiro a ser ouvido será Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e colaborador premiado. Em seguida, a Corte seguirá uma lista em ordem alfabética que inclui nomes como o delegado Alexandre Ramagem, os generais Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto, além do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.
Vale lembrar que, até o momento, não houve condenação, apenas acusações baseadas, em grande parte, em narrativas construídas a partir de delações e interpretações políticas dos fatos. O julgamento de mérito ainda será marcado após esta fase de interrogatórios, com voto dos ministros da Primeira Turma: Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino.
📺 Como assistir
• TV Justiça
• YouTube do STF
• Canal TV PT (autorizado a retransmitir)
Enquanto isso, milhares de apoiadores de Bolsonaro acompanham o processo com atenção e indignação, vendo no julgamento mais uma tentativa de afastar politicamente o ex-presidente de 2026, ano em que o povo decidirá nas urnas, não em gabinetes, quem deve liderar o Brasil.