Na manhã desta segunda-feira, 16 de junho, um fato inusitado e preocupante escancarou a fragilidade da Universidade Federal de Catalão (UFCAT): o fornecimento de energia elétrica do Campus 2 foi cortado por técnicos da Equatorial Energia, sob o olhar perplexo de estudantes e funcionários. O motivo? Segundo denúncias dos próprios alunos, a universidade estaria inadimplente com a concessionária de energia.
O episódio, gravado por estudantes e compartilhado nas redes sociais, reacendeu o debate sobre a situação financeira da instituição. Seria o corte de verbas do governo federal o verdadeiro vilão da história? Ou estaríamos diante de um caso de má gestão e esquecimento do básico: pagar a conta de luz?

Enquanto a administração da UFCAT ainda não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido, a comunidade acadêmica reage com indignação. “É um absurdo. Como pode uma universidade federal chegar a esse ponto? A gente estuda, pesquisa, produz ciência e agora não tem nem luz na sala de aula”, disse uma aluna de Geografia.
A energia foi interrompida no início do dia, prejudicando aulas, laboratórios e serviços administrativos. O Campus 2 é um dos mais ativos da UFCAT, com cursos que dependem de equipamentos, internet e salas refrigeradas. A suspensão do serviço levanta uma pergunta que ecoa entre alunos e professores: se não há dinheiro sequer para manter a energia, o que mais está por vir?
Nos corredores, fala-se em um misto de crise financeira real e desorganização interna. A universidade, como tantas outras federais, enfrenta seguidos cortes de orçamento. No entanto, o silêncio da reitoria e a ausência de um plano emergencial diante do ocorrido aumentam a sensação de abandono.
“Falta de verba é uma coisa. Agora, esquecer de pagar a conta é outra completamente diferente”, comentou um técnico administrativo. O temor é que esse tipo de problema se repita, atingindo outras unidades da universidade e prejudicando o calendário acadêmico.
Além da repercussão local, o caso já começou a mobilizar lideranças estudantis e representantes sindicais, que prometem pressionar tanto a administração da UFCAT quanto autoridades federais por respostas e providências urgentes.
A pergunta que fica é direta: estamos lidando com os reflexos de uma crise estrutural na educação pública ou com falhas básicas de gestão? Crise financeira ou esquecimento?
Enquanto isso, os estudantes seguem no escuro, literalmente e simbolicamente.