Em mais um capítulo de medidas impopulares e prejudiciais, Ronaldo Caiado, Governador de Goiás, apresenta um projeto e cria imposto para a energia solar, gerando indignação entre cidadãos, empresários e ambientalistas. A decisão, vista como um retrocesso, afeta diretamente quem optou por investir em energia limpa, sustentável e economicamente viável, reforçando a imagem de um governo voraz por arrecadação, mesmo às custas do progresso e do meio ambiente.
O que deveria ser motivo de orgulho e incentivo — a expansão da energia solar em Goiás — agora se torna alvo de mais uma investida fiscal do governo estadual. Famílias e empresas que acreditaram nas promessas de sustentabilidade e economia ao aderirem à energia fotovoltaica, agora sentem-se traídas. “Investimos pensando no futuro, no meio ambiente, e agora somos punidos por fazer o certo. É revoltante”, afirma Ana Pereira, empresária e usuária de energia solar.
O imposto, vindo diretamente do governador, reflete uma gestão cada vez mais focada em transformar o estado em um verdadeiro laboratório de arrecadação, sem levar em conta os impactos econômicos e sociais. Para especialistas, taxar a energia solar vai na contramão das políticas globais de incentivo às energias renováveis e mancha a imagem de Goiás como um estado inovador e sustentável.
O deputado Gustavo Sebba, crítico ferrenho do governo, se posicionou duramente contra o projeto e classificou a medida como absurda e insensível. “Estamos falando de uma decisão que desestimula o investimento em energia limpa e pune quem está tentando fazer a diferença. Enquanto outros estados incentivam a energia solar, aqui em Goiás o governo quer taxar até o sol! É o cúmulo da ganância”, disparou o parlamentar durante a entrevista ao Blog do Ricardo Nogueira.
A justificativa do governo para a taxação é de que o estado precisa aumentar sua arrecadação, mas a medida já é vista como mais uma peça do “pacote de maldades” promovido por Caiado. O impacto direto no bolso dos goianos, que já convivem com altos custos de energia, já está sendo sentido de forma avassaladora, especialmente entre pequenos produtores e comerciantes que dependem da energia solar para reduzir despesas.
Organizações ambientais também se manifestaram contra a proposta, classificando-a como um retrocesso ambiental e econômico. “Essa taxação é um golpe contra as energias renováveis, contra o futuro sustentável e contra os consumidores que acreditaram no discurso de inovação. É uma vergonha para Goiás”, afirmou um representante da ONG Clima Verde.
A sociedade goiana se pergunta: até onde vai a sede de arrecadação deste governo? Depois de aumentar o ICMS dos combustíveis, surge agora mais uma forma de sufocar a população com uma nova cobrança, atingindo justamente aqueles que escolheram contribuir para um mundo mais sustentável.
Enquanto o governo insiste em sacrificar o futuro em nome da arrecadação imediata, a população vê seu esforço ser desvalorizado e transformado em mais uma fonte de lucro estatal. A única certeza é que a luta contra esse (des)governo está longe de acabar, e o povo goiano precisa se mobilizar antes que o governo, em sua voracidade, resolva cobrar até pelo ar que respiramos.