A crise dentro de campo se reflete fora das quatro linhas para o Crac de Catalão. O time empatou novamente nesta 6ª rodada do Campeonato Goiano e segue sem vitórias na competição. A situação já seria preocupante por si só, mas ganha contornos ainda mais polêmicos quando se leva em conta o subsídio milionário da Prefeitura de Catalão ao clube, uma medida que tem gerado indignação entre torcedores e moradores da cidade.

A Câmara Municipal aprovou um repasse de até R$ 3 milhões ao Crac, valor destinado a ajudar o clube a disputar o estadual. No entanto, os resultados dentro de campo não correspondem ao investimento. O time, que já foi eliminado de forma precoce nas últimas competições, parece seguir o mesmo roteiro nesta temporada, sem mostrar um futebol convincente e distante de qualquer briga pelas primeiras posições.
A torcida, que sempre apoiou o clube, começa a perder a paciência. “A gente vem ao estádio, gasta dinheiro, apoia o time e vê isso aí dentro de campo. Enquanto isso, a cidade tem várias outras prioridades que poderiam ser atendidas com esse dinheiro”, reclama um torcedor, inconformado com o desempenho da equipe.
A polêmica sobre o financiamento do Crac com dinheiro público cresce a cada tropeço do time. O argumento dos defensores do subsídio é que o futebol movimenta a economia local, gerando empregos e atraindo investimentos. Mas, diante do fraco desempenho da equipe, até mesmo quem antes apoiava a medida começa a questionar se essa foi a melhor escolha para os cofres municipais.
Dentro de campo, a falta de resultados já compromete a campanha do Crac, que precisa reagir rapidamente se ainda quiser sonhar com uma classificação. Mas, fora dele, a pressão só aumenta. O que era para ser um investimento no futebol pode acabar se tornando um grande peso político para a gestão municipal e uma frustração ainda maior para os torcedores.