O novo mandato do prefeito Wisner Araújo começou sob o signo do desafio. Ele pegou uma prefeitura endividada, uma população que carrega a frustração de promessas não cumpridas do passado, mas, em vez de se lamentar e se render a pressão, o prefeito tomou frente do processo e fez questão de tornar a situação pública e partir para o trabalho. Visitas a órgãos públicos, reuniões com a comunidade e um discurso pragmático: o tempo é curto, e o foco é o futuro. Mas quem acha que ele terá caminho livre para governar pode estar subestimando o outro lado do tabuleiro.
A oposição, liderada pelo ex-prefeito Romário Vieira, não é figurativa. Pelo contrário, trata-se de um grupo consolidado, com trabalho prestado e um histórico que pesa na balança. Não é apenas barulho – é a chamada “carne de pescoço”. E isso significa que o atual prefeito Wisner não terá sossego.
Mas será que isso é ruim? Pelo contrário. Corumbaíba está diante de um cenário político raro: um prefeito experiente, que conhece “o caminho das pedras”, e uma oposição que não se contenta em apenas apontar erros.
Wisner, tem total condição de entregar um governo justo e eficiente ao povo, mesmo diante de um cenário financeiro de terra arrasada. Sua experiência pode ser a chave para reverter a crise, mas ele precisa saber se comunicar com a população, além de convencer os que ainda duvidam da sua capacidade de superar os desafios. Mais do que boas intenções, o prefeito precisa entregar resultados concretos, e a pressão sobre ele é imensa.
Já a oposição precisa se reinventar, apresentando alternativas claras e viáveis, além de comprovar que não está apenas ali para apontar falhas, mas para oferecer um projeto para Corumbaíba que seja realmente viável. Se a oposição se limitar a resistir sem propor algo novo, estará condenada ao fracasso.
O grande perigo? Que essa rivalidade se torne uma guerra política que trave investimentos, emperre decisões e transforme os bastidores do poder em um campo de batalha improdutivo. Se isso acontecer, quem perde é o povo.
Agora, resta saber: teremos uma disputa produtiva ou um embate que só servirá para alimentar egos? O jogo está apenas começando.
