A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro tem se consolidado como um dos principais nomes da política nacional e, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas, já aparece tecnicamente empatada com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Rio de Janeiro — um dos maiores colégios eleitorais do país.
No cenário sem a presença do ex-presidente Jair Bolsonaro, Michelle aparece com 33,2% das intenções de voto, enquanto Lula soma 29,7%. A diferença está dentro da margem de erro da pesquisa, mas revela um dado simbólico: mesmo sem nunca ter disputado uma eleição majoritária, Michelle já ameaça diretamente a popularidade do atual chefe do Executivo.
Michelle cresce com discurso firme e foco nos valores conservadores
Com um discurso centrado na defesa da família, dos valores cristãos e da ética na política, Michelle Bolsonaro tem conquistado a confiança de uma parcela significativa do eleitorado fluminense. Sua atuação à frente do PL Mulher e sua presença constante em eventos populares têm fortalecido sua imagem como uma alternativa legítima ao atual governo, marcado por contradições e escândalos.
Enquanto Lula tenta equilibrar uma gestão repleta de recuos e alianças questionáveis, Michelle surge como símbolo de renovação, representando uma direita que se reinventa sem perder suas raízes. Ela vem ganhando destaque principalmente entre mulheres e jovens conservadores, públicos que, nas últimas eleições, mostraram força nas urnas.
Rejeição a Lula segue alta e mina capital político do PT
O desempenho de Lula na pesquisa reforça o desgaste de sua imagem — especialmente no Rio de Janeiro, onde a criminalidade, o desemprego e a percepção de impunidade continuam elevadas. O petista, apesar de estar no cargo mais alto da República, não consegue mobilizar a base com a mesma força de antes. Sua retórica, antes carismática, agora soa distante da realidade de muitos brasileiros.
Além disso, o governo federal tem enfrentado dificuldades para entregar resultados concretos. Promessas feitas em campanha ainda não saíram do papel, e o clima de insatisfação cresce, refletido diretamente nas pesquisas de opinião. A ascensão de Michelle é, em parte, um reflexo da frustração com um governo que parece cada vez mais preso ao passado e aos mesmos erros de outrora.
O recado das ruas e das urnas
Os dados do Paraná Pesquisas deixam claro que o eleitor fluminense está atento e disposto a apostar em novas lideranças. Michelle Bolsonaro, com carisma, autenticidade e forte presença nas redes sociais, pode ser a principal pedra no sapato de Lula caso confirme sua candidatura em 2026.
Se hoje já há um empate técnico, o cenário futuro promete ser ainda mais desafiador para o PT — especialmente se insistir em ignorar o crescente clamor por mudança e firmeza moral na política brasileira.