É estarrecedor — mas não surpreendente — ver os militantes da esquerda, outrora defensores ferrenhos de um condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, agora posarem de juízes morais, pedindo a prisão de Jair Bolsonaro. A incoerência não é um desvio de rota: é o próprio caminho dessa esquerda sem norte, sem honra e sem projeto real de país.
Esses mesmos que aplaudiram o retorno de Lula ao poder, ignorando o histórico de escândalos, alianças espúrias e destruição econômica, agora querem ditar o que é certo ou errado. O roteiro é velho: quando não conseguem convencer, tentam calar. Quando não vencem pelo voto, tentam vencer pela perseguição judicial, pela censura, pela desmoralização.
A verdade é que a esquerda brasileira faliu moralmente. Perdeu o discurso, perdeu a narrativa e agora tenta se sustentar com base no ódio ao único líder popular de direita que teve coragem de enfrentá-los de frente. Bolsonaro pode ter seus erros — quem não tem? — mas seu maior pecado, para a esquerda, foi devolver ao povo o protagonismo que antes era refém de elites políticas corruptas e sindicalistas oportunistas.
Hoje, os que gritam “democracia” são os mesmos que a atacam nos bastidores. Os que pedem “justiça” são cúmplices do maior esquema de corrupção da história deste país. E os que falam em “moral” são aqueles que relativizaram tudo em nome do poder.
O desespero é claro. A tentativa de criminalizar Bolsonaro não é sobre justiça — é sobre vingança. Porque sabem que, mesmo com tudo contra, ele ainda representa uma ameaça real ao sistema podre que eles ajudaram a construir.