Enquanto Posso Falar
Por Ricardo Nogueira
Neste domingo, o Brasil deu um recado impossível de ignorar. Uma multidão tomou a Avenida Paulista em apoio a Jair Bolsonaro e contra o que se tornou, para milhões de brasileiros, a verdadeira ameaça à democracia: o conluio entre o STF e o PT.
Foi uma manifestação gigante, pacífica e poderosa — tudo aquilo que o PT desconhece. Acostumado com baderna, invasão, vandalismo e discursos que pregam luta de classes, o partido viu, estarrecido, uma demonstração genuína de força popular, sem mortadela, sem pão com tubaína bancado com dinheiro público.
O desespero tomou conta do sistema. Petistas e ministros do Supremo correram para a imprensa amiga, buscando deslegitimar o evento com as mesmas palavras gastas de sempre: “golpismo”, “ameaça institucional”, “extrema direita”. Acontece que quem ameaça o Brasil hoje veste toga ou camiseta vermelha.
O STF já não julga — persegue. Já não defende a Constituição — rasga. Transformou-se num bunker político, onde meia dúzia de iluminados decide o que pode ou não ser dito, pensado e até memorizado. O ministro Alexandre de Moraes, hoje símbolo da censura togada, é visto por boa parte da população como o verdadeiro chefe de um Estado paralelo, que prende opositores, cala jornalistas e intimida parlamentares.
A presença de governadores na manifestação, incluindo nomes de peso e até Ronaldo Caiado — que não é bolsonarista — mostra que o cerco se fechou. A repulsa ao STF e ao projeto criminoso do PT não é mais exclusividade da base conservadora. É nacional, transversal, incontrolável.
E a frase que escandalizou o país — “perdeu, mané” — ecoou mais uma vez. Mas desta vez, nas ruas, foi devolvida com indignação e ironia. Porque quem fala “perdeu, mané” com uma arma na mão, ou com uma caneta de ministro, se iguala a ladrão de esquina. E o Brasil cansou de ser assaltado — seja no bolso, na moral ou na sua liberdade.
Este 6 de abril não foi só um protesto. Foi um divisor de águas. O sistema acusou o golpe. E quando o povo se levanta, não há blindagem jurídica, nem redação militante que segure a avalanche.