Enquanto as ruas de Catalão seguem esburacadas, a saúde carece de médicos, os bairros sofrem com a falta de infraestrutura e o funcionalismo público convive com dificuldades, o prefeito Velomar Rios prepara as malas para uma viagem de luxo ao Japão. E o mais chocante: com dinheiro do contribuinte.
O convite partiu do governador Ronaldo Caiado, é verdade. O governo do estado tem suas razões políticas e comerciais com parcerias e acordos internacionais em jogo. Mas o que justifica a presença do prefeito de Catalão nessa comitiva? Quais negócios o município tem no Japão? Quais acordos serão assinados? Qual retorno efetivo essa viagem trará para o povo catalano? Até agora, nenhuma resposta concreta. Apenas o silêncio.
O que sabemos são os números: 13 dias de viagem, entre 10 e 23 de julho. Diárias de 600 euros por pessoa, praticamente R$ 4 mil por dia, considerando o câmbio atual. Multiplicando pelos 13 dias: aproximadamente R$ 50 mil por cabeça. E mais: a viagem não será solo. Quem mais irá? Quantos assessores? Secretários? O custo total ainda não foi esclarecido.
Catalão está arcando com uma conta milionária, num momento em que a cidade atravessa dificuldades evidentes. É um verdadeiro escárnio com a população, que trabalha, paga seus impostos e vê seu dinheiro ser usado para bancar o conforto de autoridades em viagem internacional.
Não se trata de ser contra o progresso ou contra relações internacionais. Trata-se de responsabilidade, transparência e prioridades. Catalão não pode ser administrada como se fosse um clube privado, onde os chefes do poder fazem turismo de luxo enquanto o povo fica à espera de paciência, como o próprio prefeito costuma dizer.
O povo de Catalão merece respeito. E, acima de tudo, explicações.
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Aprendeu com o Padrim Lula!