Enquanto Posso Falar
Por Ricardo Nogueira
O Brasil viveu mais um capítulo sombrio de sua história jurídica nesta semana. A 1ª Turma do STF, em uma decisão previsível dentro do atual cenário de autoritarismo judicial, escancarou de vez o uso da toga como arma política ao atropelar garantias fundamentais e reforçar a perseguição contra Jair Bolsonaro.
A hipertrofia do Supremo não é novidade, mas os desdobramentos recentes são um golpe mortal na democracia. Em um Brasil que já não esconde sua face distópica, assistimos a um verdadeiro tribunal de exceção: um juiz que acumula as funções de investigador, vítima e julgador, sem qualquer pudor ou respeito às bases do devido processo legal. A operação contra o tenente-coronel Mauro Cid, transformada em um interrogatório com requintes de tortura psicológica, expõe a natureza espúria dessa trama macabra que busca um único objetivo: retirar Bolsonaro da disputa eleitoral de 2026.
A parcialidade do Supremo já não choca, mas revolta. O Estado de Direito, outrora um pilar inabalável da República, hoje é um fantoche manipulado pelos interesses da esquerda, que usa a justiça como um escudo para si e uma lâmina contra seus adversários. O acesso ao corpo probatório foi cerceado, e as provas apresentadas, frágeis e inconsistentes, são tratadas como verdades absolutas por um tribunal que, claramente, já tem sua sentença escrita antes mesmo do julgamento.
O que esperar de um país onde as garantias individuais previstas na Constituição são relativizadas conforme a conveniência política? A ausência de uma instância recursal apenas confirma o que já era evidente: a decisão está tomada, e qualquer resistência será esmagada sob o peso de um judiciário que não mais se esconde atrás da balança de Têmis, mas a substituiu pelo martelo de uma tirania disfarçada de justiça.
O povo brasileiro não pode aceitar passivamente esse cenário. Se a lei tem lado e a Constituição se tornou um papel inútil, ignorado sempre que interessa aos poderosos, o que resta à nação senão reagir? O futuro do Brasil está em jogo, e o silêncio agora pode custar caro.