Goiandira (GO) – A máscara da “boa gestão” em Goiandira começa a cair, e quem escancarou o que muitos já sabiam — mas poucos tinham coragem de dizer — foi o próprio líder do prefeito na Câmara. Durante entrevista concedida na manhã desta terça-feira (09) ao programa Bom Dia Sudeste, apresentado pelo jornalista Ricardo Nogueira, o vereador Pedro Zoinho rompeu o silêncio e expôs, sem rodeios, o caos administrativo e político que domina os bastidores da Prefeitura.
Em um gesto de dignidade e responsabilidade com a população, Zoinho deu voz ao sentimento de abandono e frustração que impera entre vereadores, servidores e cidadãos goiandirenses. Ao se afastar publicamente do prefeito e adotar uma postura crítica, o vereador deixou claro que não está disposto a compactuar com uma gestão autoritária, desorganizada e sem compromisso com o interesse público.
“Não dá mais pra compactuar com certos erros”, disse o parlamentar — uma frase simples, mas que revela muito sobre o que se passa dentro da administração municipal: decisões unilaterais, falta de diálogo, desprezo pela Câmara e pela transparência, e um governo cada vez mais isolado da realidade da cidade.
A atitude de Pedro Zoinho vai além da política: é um ato de coragem moral. Em tempos em que muitos preferem se calar por conveniência ou medo de retaliação, ele decidiu agir, colocando a verdade acima de cargos e favores. O gesto do vereador quebra o silêncio cúmplice que vinha blindando a gestão e abre espaço para que outros também se posicionem.
A reação no Paço Municipal foi de absoluto desconforto. E não é para menos: quando até o líder do governo abandona o barco, é porque a embarcação está afundando. A crise, antes abafada nos bastidores, agora está escancarada para toda a população. E diante da omissão, da arrogância e da ineficiência do Executivo, o que resta ao povo é exigir mudanças — antes que os danos se tornem irreversíveis.
Goiandira assiste, em tempo real, ao desmoronamento político de uma gestão que perdeu o rumo. E a coragem de Zoinho pode ter sido o estopim de uma virada que já estava madura há tempos.